26 fevereiro 2009

VLCD! pelo Teatro Meridional [XI Semana Cultural da UC]

[Notícia-TAGV]

VLCD! Do lugar onde estou já me fui embora
Teatro Meridional
2 e 3 de Março de 2009, 21h30
preço normal 10€; estudante e sénior 8€; escolas 3€
M/6 anos


Espectáculo integrado na XI Semana Cultural da UC

VLCD! pelo Teatro Meridional © Margarida Dias

Desde que o Homem passou a medir o tempo este, inevitavelmente, também o mediu a si. VLCD! é um espectáculo que, através do humor e do absurdo, versa sobre a velocidade. A mesma que conduz nos tempos modernos o ser humano a um nível de vida material que se dissocia da sua própria felicidade. A mesma onde um olhar mais atento (quiçá mais lento...) podia também identificá-la como o verdadeiro truque de uma sociedade de consumo.

A ingenuidade das personagens e a acutilância que pode ter a irrisão são os pontos de partida deste novo desafio, que tem como base de interpretação a técnica de clown, o gesto e a criação colectiva.

VLCD! é igualmente uma nova estação desse já vasto, impermanente e misterioso percurso do Teatro Meridional no sentido de uma comunicação própria e íntima de um Teatro que, verdadeiramente, se afirma como a arte do presente e da presença. TM

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Criação Teatro Meridional
Direcção Cénica Nuno Pino Custódio
Interpretação Carla Maciel, Fernando Mota, Luciano Amarelo, Miguel Seabra
Espaço Cénico e Figurinos Marta Pedroso
Música Original e Espaço Sonoro Fernando Mota
Desenho de Luz Miguel Seabra
Fotografia Margarida Dias
Design Gráfico e Registo Vídeo Patricia Poção
Assistência de Cenografia Marco Fonseca
Montagem Rui Monteiro e Marco Fonseca
Operação Técnica Rui Monteiro
Assessoria de Imprensa João Pedro Amaral
Assessoria Jurídica Diogo Salema da Costa
Assistência de Produção Filipa Piecho
Direcção de Produção Narcisa Costa
Direcção Artística Miguel Seabra e Natália Luíza

25 fevereiro 2009

Mário de Carvalho n' Os Livros Ardem Mal [2 MAR 09]

[Notícia-TAGV]

Cartaz de divulgação do mensário de actualidade editorial "Os Livros Ardem Mal",
que conta com o convidado Mário de Carvalho .
Dia 2 de Março de 2009, 18h, Foyer do Café-Teatro.
Composição gráfica de Gonçalo Luciano.

Concerto Carmen Souza cancelado

[Notícia-TAGV]



O concerto de Carmen Souza agendado para sexta, 27 de Fevereiro 09, 21h30, foi CANCELADO por decisão da promotora JAZZINTA PROD.

22 fevereiro 2009

Nneka ao vivo [26 MAR 2009]

[Notícia-TAGV]

Cartaz de divulgação do espectáculo de Nneka no TAGV, dia 26 de Março, 21h30. Composição gráfica: Gonçalo Luciano.

Nneka Egbuna tem 26 anos e é originária da Nigéria, apesar de ter sido na Alemanha que despontou para a cena musical. O seu mais recente álbum, «No longer at ease», é uma espécie de manifesto musical fusionista marcado pelas influências de Bob Marley e do compatriota Fela Kuti: Hip-hop, funk, afrobeat e reggae suportam a sua voz soul, veículo privilegiado de difusão de uma mensagem em que estão patentes preocupações sociais e denúncias políticas sobre o país natal. Para confirmar ao vivo dia 26 de Março, às 21h30, no TAGV [bilhete único: 20€].

21 fevereiro 2009

Carnaval no TAGV

[Notícia-TAGV]

Cartaz de divulgação da iniciativa de Carnaval organizada pela Rádio Universidade de Coimbra/Programa Cinemusicorium, que conta com o apoio da Fila K CineClube, CEC, TAGV, Clube de Vídeo Avenida e Dr. Kartoon.
Composição gráfica: Gonçalo Luciano.

19 fevereiro 2009

Espectáculos de teatro da XI Semana Cultural da UC

[Notícia-TAGV]



Cartazes de divulgação dos espectáculos "VLCD!",
"[Homem-Legenda]" e "Cavaterra" integrados na
XI Semana Cultural da UC.
Composição gráfica Gonçalo Luciano.

17 fevereiro 2009

A marcha da fome

[Notícia-TAGV]

CINEMA, DIA 26 FEVEREIRO 2009, 5ª FEIRA, 21H15 [Doc TAGV/FEUC ]
Nós Alimentamos o Mundo (We Feed the World) de Erwin Wagenhofen
[Áustria, 2005, 96’, M/12]
filme comentado por Fernando Nobre (AMI) e Luís Peres Lopes (FEUC)




“Nós alimentamos o mundo”. Como todos os slogans, este (criado pela empresa Pioneer, líder mundial das sementes híbridas) esconde sob a proclamação generosa uma realidade nada brilhante, antes incómoda: a de uma agricultura transformada em indústria, “uma agro-indústria” capitalista e mundializada, que tem como objectivo esvaziar as nossas carteiras mais do que nos alimentar decentemente, e cujo verdadeiro slogan poderia ser: “isto não se come, isto vende-se…”



Dos excedentes de Viena (onde se lança para o lixo, diariamente, o pão suficiente para alimentar a segunda cidade da Áustria, Graz), às vastas extensões de Mato Grosso (onde os camponeses morrem de fome ao lado dos campos de soja, destinados a alimentar o gado europeu), da planície de Almeria (onde os tomates crescem em lã de vidro, irrigados gota a gota e dopados para um crescimento rápido), aos campos romenos (onde o governo subvenciona a compra de sementes transgénicas… mas apenas no primeiro ano), Nós alimentamos o mundo, o mercado da fome de Erwin Wagenhofer confronta-nos com as consequências, económicas, sociais e ambientais dos nossos modos de consumo.

A demonstração, implacável, mostra no nosso sistema global, qual o preço humano e ecológico a pagar quando encontramos nos nossos supermercados tomates de Inverno e o frango sob celofane a muito poucos euros o quilo. As estatísticas caem, os homens testemunham e as imagens falam, com eloquência. Cerca de 350.000 hectares de solos agrícolas, essencialmente na América Latina, são utilizados na cultura da soja destinada ao alimento do gado dos países europeus enquanto que perto de um quarto da população daqueles países sofre de desnutrição crónica. Mas as estatísticas são implacáveis. “Cada dia, cem mil pessoas morrem de fome. A agricultura mundial pode alimentar sem problema doze mil milhões de indivíduos. Por outras palavras, cada criança que morre de fome é, com efeito, assassinada. ” Jean Ziegler, relator das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, é bem claro ao longo de todo este documentário apaixonante onde nos serve de guia.

Porque é que, no mercado de Sandaga em Dacar, os legumes europeus são três vezes menos caros que os produtos locais? Porque é que os camponeses do nordeste do Brasil estão tão mal alimentados, quando o seu país é o primeiro exportador de soja ao mundo? Como é que as nossas explorações avícolas industriais não são as responsáveis pelo desflorestamento da Amazónia? Como justificar que se deixe morrer de fome uma parte da humanidade enquanto que a agricultura mundial tem largamente os meios para alimentar o planeta? Como parar os fluxos migratórios quando se organiza a ruína dos camponeses do Sul para escoar os produtos do Norte?



Toda a eficácia de We Feed the World (Nós alimentamos o mundo, o mercado da fome) reside nesta maneira de justapor, sem comentários, realidades que se deviam apenas imaginar como bem longe no tempo, e de nos pôr assim face às cadeias de causalidade que as ligam. É a arte da montagem, que o director utiliza com pedagogia, e às vezes com ironia, também: assim quando Peter Brabeck-Lemathe, Presidente do primeiro grupo mundial de agro-alimentar, Nestlé, se extasia face às imagens de uma fábrica inteiramente automatizada, depois de se ter auto-elogiado em fazer trabalhar centena de milhares de pessoas por todo o mundo. Wagenhofer realiza um elevado grau de integração das firmas agroalimentares com os meios de comunicação social que não são livres de informar sobre as maneiras de produzir, sob penalidade de perderem a publicidade.


Trata-se de um filme, onde a força destas imagens raras nos “falam” tanto mais quanto mais as palavras são perigosas. Trata-se de um filme onde se envolve e se implica o espectador, chocado perante os enormes desperdícios que lhe são dados a ver. E sentimo-nos todos, então, implicados no “ we” do título. Porque é, de facto, de todos nós que se trata neste filme.

organização TAGV e FEUC
entrada gratuita
mais informação em http://www.we-feed-the-world.at/en/film.htm

14 fevereiro 2009

Workshops de Teatro [XI Semana Cultural da UC]

[Notícia-TAGV]

Workshops de Teatro integrados na
XI SEMANA CULTURAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
"Velocidade e Movimento"
2 a 7 de Março

1) O FUTURISMO PASSOU POR AQUI?
Dias 2, 3 e 4 de Março (3 horas por dia) em horários a definir conforme disponibilidade dos participantes
Datas de apresentação e locais de apresentação
5 de Março (11h-13h; 16h-18h) no Largo da Porta Férrea.
Com Miguel Moreira, Catarina Requeijo, Sandra Rosado, Inês Barahona
Lotação 12 participantes

Convida-se todos os alunos e pessoas em geral a inscreverem-se neste workshop. A partir do tema do Futurismo e inspirado na nossa nova criação “Na Rua futurista”, faremos um trabalho de experimentação, onde privilegiaremos o trabalho de actor com uma relação directa com o público. Noções gerais sobre o trabalho de actor e aplicação na dramaturgia desta peça. Apresentação final pública para a população em diferentes zonas da cidade.
Hoje, qual o nosso manifesto? E qual o olhar crítico e artístico que queremos ter sobre o mundo?

2) E SE UM DIA, NADA
Dias 4, 5 e 6 de Março (3 horas por dia) em horários a definir conforme disponibilidade dos participantes
Data de apresentação 7 de Março às 16h (ponto de encontro: entrada do TAGV)
Com Miguel Seabra
Público-alvo actores profissionais, alunos universitários, alunos de teatro, bailarinos e pessoas que gostam de se mover.
Lotação 16 participantes

Tendo como ponto de partida referencial o espectáculo do Teatro Meridional VLCD! e o próprio subtítulo Do Lugar Onde Estou Já Me Fui Embora (TAGV, 2 e 3 de Março ’09) este workshop propõe um mergulho teatral na tentativa de perceber e descobrir a relação entre a dinâmica agitada da sociedade contemporânea, a rapidez da própria velocidade em que vivemos, e o ponto silencioso e imóvel que, algures, habita dentro de nós.
Através da figura do Clown – personagem que se descobre de dentro para fora – será feito um percurso colectivo e individual que terá como ponto de fuga, uma saída para a “rua”.

Inscrições no TAGV: s.artisticos@tagv.uc.pt ou 239.855.630 (Elisabete Cardoso)
Organização Reitoria da UC
Apoio TAGV

13 fevereiro 2009

“Da minha vista ponto” [17 e 18 FEV 2009]

[Notícia-TAGV]


Da minha vista ponto
Teatro Regional da Serra do Montemuro
17 e 18 de Fevereiro 2009, 21h30
duração 60'
espectáculo para M/12


«Da Minha Vista Ponto» é uma comédia sobre excentricidades – diferentes formas de ver o mundo. Fala sobre os padrões e rituais que criamos, consciente ou inconscientemente, para que as nossas vidas façam sentido.
Uma toalha é estendida todos os dias na varanda de um apartamento. Um dia, a toalha não aparece e a vida deste grupo peculiar é afectada: o professor de física quântica deixa de saber quando deve ir ao café; o agricultor não consegue escolher os números para o totoloto e a mulher que acredita que é uma gata perde o vislumbre do primitivista a nadar nu no rio do alto da serra.
Uma investigação sobre o desaparecimento do vizinho bibliotecário revela as ligações entre estas pessoas, conduzindo ao conflito, romance e confusão!
As histórias dos intervenientes são contadas através de uma mistura da comédia física e verbal, projecções e jogos de sons.

Ficha Artística
Texto Thérèse Collins e Peter Cann
Tradução Graeme Pulleyn
Encenação Graeme Pulleyn
Direcção musical Carlos Peninha
Cenografia Helen Ainsworth
Construção de cenários Carlos Cal
Assistência à construção de cenários e cenografia Ricardo Rocha e Pedro Malheiro
Intérpretes Abel Duarte, Eduardo Correia, Neusa Fangueiro e Daniela Vieitas
Produção executiva Paula Teixeira e Susana Duarte
Direcção de cena Abel Duarte
Assessoria de imprensa Paula Teixeira e Susana Duarte
Cartaz Helen Ainsworth
Agradecimentos Rui Silva (percussão), Miguel Cardoso (contrabaixo)


Preçário
normal 10,00€; estudante e sénior 8,00€; protocolo de teatro TAGV e Amigos TAGV 5,00€; preço escolas 3,00€

11 fevereiro 2009

Reflexão sobre a mulher no Darfur [12 FEV 2009]

[Notícia-TAGV]


Um grupo de cidadãos de Coimbra vai associar-se, na noite de 12 de Fevereiro, a uma acção, a decorrer a nível internacional, para apelar ao fim da violência sobre as mulheres no Darfur (Sudão). Será projectada, em estreia mundial, a curta-metragem Violence Against Women and the Darfur Genocide (Violência sobre as mulheres e o genocídio no Darfur), produzida pela Organização SAVE DARFUR. O curto documentário servirá de mote para um debate sobre a situação actual deste conflito.

O governo sudanês e os seus aliados, as milícias Janjawid, continuam a levar por diante uma campanha de violência sexual contra as mulheres e raparigas do Darfur. O procurador do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno-Ocampo, disse, no seu pedido de mandado de captura do Presidente Sudanês al-Bashir, que “a violação é uma parte integrante do padrão de destruição” no Darfur.

O evento “One Night, One Voice” procura congregar activistas em defesa de passos específicos que ajudem a acabar com esta violência endémica. Entre estes passos inclui-se a plena implementação da Resolução 1820 (2008) do Conselho de Segurança das Nações Unidas – em que este reconhece, pela primeira vez, a importância da protecção de civis contra a violência sexual durante e após conflitos armados.

mais informação sobre “One Night, One Voice”: www.savedarfur.org/women

Mâäk's Spirit: jazz no café-teatro do TAGV [13 FEV 2009]

[Notícia-TAGV]


Concerto de Jazz com Mâäk's Spirit
13 de Fevereiro de 2009, 22h
Foyer do Café-Teatro do TAGV
Organização: Jazz Ao Centro Clube
Preço único: 5€


Laurent Blondiau (Trompete), Sébastien Boisseau (Contrabaixo), Jean Chevalier (Bateria), Luís Lopes (guitarra) e Sam Mary (Luzes).

Mâäk's Spirit é uma formação belgo-francesa, composta por quatro músicos e um técnico de luzes, que propõe uma abordagem da improvisação sobre vários aspectos fundamentais: forma, duração, interacção, textura, dinâmica, pulsação, silêncio, contraste, contrariedade, sensação, fricção..., mas também pela negação possível de um ou de todos estes aspectos.

Este grupo desenvolve uma tendência natural para o inclassificável, procurando diferentes representações do ser por meio de uma música que se propaga quando toma vida através de uma criação in situ.

Como abordar, hoje em dia, o trabalho sobre a improvisação?
O que podemos esperar deste utensílio de controle instantâneo do vocabulário, da gramática, da sintaxe e, portanto, do sentido da música?
Poderemos negar a influência e a importância do contexto, do local e do espaço?
É ainda possível escapar aos clichés, aos folclores e a uma mostra nostálgica?
Como cultivar o inimitável?
São estas e outras questões que este colectivo procura responder.

Couple Coffee & Band no TAGV

[Notícia-TAGV]

Cartaz de divulgação do espectáculo de Couple Coffee.
Composição gráfica: Gonçalo Luciano.

09 fevereiro 2009

Couple Coffee & Band comemoram bossa nova [11 FEV 2009]

[Notícia-TAGV]


Os Couple Coffee falam de "Young and Lovely – 50 Anos de Bossa Nova"
no programa Cartaz da SIC Notícias [26.06.2008].

Os Couple Coffee, que actuam dia 11 de Fevereiro, às 21h30m, no TAGV, estrearam-se em 2005 com o disco "Puro", onde homenageavam a música popular brasileira, publicando, dois anos mais tarde, "Co'as Tamanquinhas do Zeca", um trabalho baseado na obra do autor português José Afonso. Nesse álbum, a dupla original do projecto, Luanda Cozetti (voz) e Norton Daiello (baixo eléctrico), passou a ter a companhia dos músicos Sérgio Zurawski na guitarra e Ruca Rebordão nas percussões, tendo juntos mergulhado na reinterpretação do cancioneiro do compositor português. Da canção política aos temas do mais puro lirismo, em arranjos contemporâneos, a obra do Zeca transpõe fronteiras e, vinte anos depois de sua morte, soa actualíssima. Em 2008 foi publicado o seu terceiro registo, "Young And Lovely – 50 Anos De Bossa Nova", gravado ao vivo no Musicbox, em Lisboa, em Março do ano passado e que se afigura como um tributo para a comemoração do cinquentenário da Bossa Nova, mas com uma visão contemporânea.

07 fevereiro 2009

O 67º filme de Claude Chabrol

[Notícia-TAGV]


A RAPARIGA CORTADA EM DOIS de Claude Chabrol
[ALE/FRA, 2007, 115’, M/12]
ESTREIAS_TAGV, 10 de Fevereiro de 2009, 21h30
elenco Ludivine Sagnier, Benoît Magimel, François Berléand
Gabrielle Deneige tem 25 anos e vive em Lyon, cercada por muitos livros, com a sua mãe, e trabalha num canal de televisão local. Inteligente e charmosa, um dia conhece o famoso escritor Charles Saint-Denis, durante o evento de promoção do novo livro dele. Homem bem apessoado e reconhecido não encontra dificuldades em seduzir a jovem, apesar de casado e trinta anos mais velho. Aos poucos, no entanto, percebe que se apaixonou profundamente e que terá que disputar o seu amor com Paul, um jovem milionário excêntrico que beija o chão que ela pisa.

“A Rapariga Cortada em Dois” define-se na metáfora que compõe o seu título. Inspirado, em acontecimentos ocorridos nos EUA, em 1906, conta-nos o relato de uma jovem rapariga de origens simples que se envolve num romance com um escritor charmoso, mas com idade para ser o seu pai, ao mesmo tempo que é cortejada pelo herdeiro instável de uma grande fortuna empresarial, na expressão subtil do domínio da indústria farmacêutica no nosso mundo.
(…) À medida que o enredo avança, o tom de comédia torna-se mais negro, tornando evidente a necessidade de tragédia para o conceito inicial resultar. Ao mesmo tempo que tomamos consciência dos tons de ridículo que compõe o mundo de Charles e Paul, apresenta-se como mais claro que o drama centra-se na personagem de Gabrielle.

Nuno Cargaleiro, redcarpet.com

04 fevereiro 2009

Outra Turquia

[Notícia-TAGV]



DO OUTRO LADO de Fatih Akin
[ALE/ITA/Turquia, 2007, 122’, M/12]
ESTREIAS_TAGV, 9 de Fevereiro de 2009, 21h30
Elenco Baki Davrak, Tuncel Kurtiz, Nurgül Yesilçay
Melhor Argumento do Festival de Cannes 2007

Apesar de não aprovar o relacionamento de seu pai com a prostituta Yeter, Nejat acabando por afeiçoar-se quando descobre que ela envia dinheiro para a Turquia, para pagar os estudos da filha. A morte súbita de Yeter afastará pai e filho e Nejat decide viajar para Istambul para tentar encontrar Ayten, a filha dela, activista política, que fugiu da polícia turca e está na Alemanha. Apesar das dificuldades, Nejat tudo fará para a ajudar.

Um reformado turco que vive na Alemanha e o seu filho professor universitário em Hamburgo. Uma prostituta turca em Bremen que se finge balconista de uma sapataria para que a filha universitária que ficou na Turquia não saiba o que a mãe tem de fazer para a sustentar, só que a filha universitária tornou-se activista política sem a mãe saber. Uma estudante alemã de espírito (e amor) livre e a sua mãe aberta mas mais convencional.Posto desta maneira, o que se esperará de "Do Outro Lado" será um panfleto em forma de mosaico-"Magnolia" sobre fronteiras, choques culturais, questões de identidade, globalização, política, sociedade. Tirem, então, desde já o cavalinho da chuva, porque não é nada disso.
Jorge Mourinha, Público, Suplemento Ípsilon

Mais informações [sítio oficial] [Entrevista com Fatih Akin]

02 fevereiro 2009

FEVEREIRO 2009

[Notícia-TAGV]

Agenda Mensal TAGV. Fevereiro 2009

01 fevereiro 2009

O outro lado da guerra na Chechénia

[Notícia-TAGV]



ALEXANDRA de Aleksandr Sokurov
[FRA/RUS, 2007, Cores, 90’, M/12]
ESTREIAS_TAGV, 3 de Fevereiro de 2009, 21h30
Elenco Galina Vishnevskaya, Vasily Shevtsov, Raisa Gichaeva

Numa frente russa na Chechénia, Aleksandra Nikolaevna visita o neto, um dos melhores oficiais da sua unidade e, com o passar dos dias, ela descobre um novo mundo. Um mundo de homens onde não há mulheres, sensibilidade ou conforto. O dia-a-dia é pobre, num local onde as pessoas são parcas em sentimentos. Simplesmente, porque talvez não haja tempo nem energia para eles. A cada dia, a cada hora, decidem-se questões de vida ou de morte. No entanto, é um mundo ainda habitado por pessoas.

Em teoria, temos aqui um filme intrigante, talvez mesmo inquietante. Em primeiro lugar porque não se pode dizer que o cinema russo nos deu muitos filmes sobre a guerra da Chechénia (questiona-se porquê), por outro lado porque o grande cineasta que é Sokurov («A Arca Russa», «Le Soleil») não é de todo conhecido pelas suas ideias progressistas.
Jean -Baptiste Morain, Les Inrocks, Setembro 2007