28 fevereiro 2010

O 9-3: subúrbio parisiense barómetro das tensões sociais em França [Cinema. 2 MAR 2010]

[Notícia-TAGV]

CINEMA

9-3, MEMÓRIA DE UM TERRITÓRIO de Yamina Benguigui
[França, 2008, 90’, M/12]
Terça, 2 de Março de 2010, 3ª feira, 21h15 [Doc TAGV/FEUC ]
Após a projecção do filme terá lugar um debate com Joachim Becker, Sami Nair, Carlos Fortuna e António Gama.



Em 1850 o nordeste de Paris foi escolhido para alojar as indústrias poluentes da capital. Sucessivas vagas de mão-de-obra sucedem-se, convertendo a área designada por 93 em local de pobreza e a exclusão. Quando, finalmente, se deu o "milagre económico", centenas de empresas acabaram por aí se instalar. Neste documentário, a realizadora Yamina Benguigui traça a história da zona Seine-Saint-Denis, procurando compreender a razão pela qual este subúrbio é agora é considerado "o barómetro de todas as tensões sociais do país".

Organização TAGV/FEUC
Entrada gratuita
Iniciativa integrada na
XII Semana Cultural da UC

25 fevereiro 2010

António Pinho Vargas na XII Semana Cultural da UC [01 MAR 10]

[Notícia-TAGV]



“Solo” e “Solo II” são os nomes dos mais recentes álbuns do músico António Pinho Vargas. “Solo I e II” é, igualmente, o título do concerto que apresenta no TAGV a 1 de Março de 2010, na data comemorativa dos 720 anos da UC. Espectáculo integrado na XII Semana Cultural da UC.

Preçário Normal_10€; Estudante_6€

Videomemória TAGV

[Arquivo-TAGV]



A propósito da actuação de Albin de la Simone em Coimbra, no TAGV.
Imagens da ESEC TV emitidas na RTP2 em 24.02.2010.

24 fevereiro 2010

Conversa "República e Movimentos Estudantis" [25 FEV 10]

[Notícia-TAGV]


"República e Movimentos Estudantis".
Conversa com Amadeu Carvalho Homem (Docente da FLUC/ Coordenador da Comissão para as Comemorações do Centenário da República - Coimbra)
25 de Fevereiro, 18h | Café-Teatro do TAGV

Acto inaugural do conjunto de iniciativas promovidas pela Associação Solar dos Kapängas sob o título genérico "Privatiza filho, privatiza". Integrada na XII Semana Cultural da UC.
Mais informação: privatiza-filho-privatiza.blogspot.com

Luís Represas ao vivo [26 MAR 10]

[Notícia-TAGV]



Luís Represas, um dos nomes incontornáveis do panorama musical português, apresenta um espectáculo renovado. Em formato acústico e com uma nova formação, Represas propõe um momento intimista, centrado na essência e beleza das canções.

O alinhamento do espectáculo no TAGV engloba os temas do último disco de originais "Olhos nos Olhos", entre os quais se destacam "Sagres" e "Desencontro", e muitos dos êxitos intemporais que fazem parte do cancioneiro da música popular portuguesa, numa carreira com mais de 30 anos.

Preço Único_17,50€

19 fevereiro 2010

Uma história de imigração clandestina e solidariedade _Doc TAGV/FEUC [23 FEV 10]

[Notícia-TAGV]

CINEMA

WELCOME de Philippe Lioret
[França, 2008, 110’, M/12]
23 de Fevereiro de 2010, 3ª feira, 21h15 [Doc TAGV/FEUC ]
Após a projecção do filme terá lugar um debate com Patrick Weil (Directeur de Recherche au CNRS, Centre d’Histoire Sociale du XXe siècle / Université Paris I - Panthéon-Sorbonne), António Costa (Ex-Ministro da Justiça e também da Administração Interna e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa) e José Leitão (Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas de 1996 a 2002; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Advogado).



Sinopse
Bilal, 17 anos, deixou o Iraque depois de a sua namorada ter emigrado para o Reino Unido. Vive uma viagem aventureira pela Europa só para a voltar a ver. Mas, no Norte de França, a caminhada chegou abruptamente ao fim. Bilal e Mina estão separados pelo Canal da Mancha o mais movimentado do mundo. Terá Bilial a coragem para o atravessar? É então que começam os treinos na piscina local. Aí conhece Simon, um nadador-salvador que lhe ensina a técnica de crawl depois de o jovem lhe confidenciar o seu plano.

Organização TAGV/FEUC
Entrada gratuita


Uma história de imigração clandestina e solidariedade tende geralmente ao panfletarismo e/ou à lamechice. Phillipe Lioret, contudo, sustém a sua narrativa, evita armadilhas, e apresenta o seu caso de maneira simples, despretensiosa e tocante.

Aos 17 anos domina-se o mundo. E só provavelmente nessa idade é que um imigrante clandestino, partido do Iraque a caminho de Londres, do amor e de uma vida melhor, entretanto encalhado no porto francês de Calais, mete na cabeça que, se aprender a nadar, será capaz de atravessar o canal da Mancha e ser feliz. Também só provavelmente depois dos quarenta, com a vida mais ou menos desfeita e o amor perdido em angustiante dor de corno, é que um homem, apesar de tudo sensato, se torna generoso e cúmplice de um sonhador assim.

Como Lioret se empenha em contar a história sem sobressaltos, em jeito de quem apresenta uma declaração ou um protesto moral, o peso do filme cai sobre os ombros de Vincent Lindon, o professor de natação psicologicamente destroçado e sem propósito para a vida, e Firat Ayverdi, o jovem imigrante, movido por uma mistura romantismo e desespero, que são exemplares na construção das suas personagens de homens desorientados e ultrapassados pelas circunstâncias.
Rui Monteiro, Time Out

12 fevereiro 2010

O pacato e solitário senhor O'Horten [Cinema_18 FEV 10]

[Notícia-TAGV]



A NOVA VIDA DO SENHOR O' HORTEN de Bent Hamer
[Noruega, Alemanha, França, 2007, 90’, M/12]
Quinta, 18 de Fevereiro de 2010, 21h30

Sinopse
Odd Horten conduziu o mesmo comboio, na mesma linha durante tanto tempo que a sua vida se transformou numa rotina de rituais confortáveis. Mas chegou a altura do engenheiro de 67 anos se reformar, após 40 anos de trabalho zeloso. O pacato e solitário senhor O'Horten está prestes a confrontar-se com dúvidas complexas e toda uma nova vida que tem pela frente. Sem o trabalho a absorvê-lo, conseguirá O'Horten habituar-se a uma vida a tempo inteiro? Terá coragem para concretizar sonhos esquecidos? Adivinha-se uma aventura estranha mas divertida e uma série de encontros com personagens memoráveis.

Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€

De vez em quando, caem-nos no colo, saídos de sítios inesperados, filmes como "A Nova Vida do Senhor O'Horten", do norueguês Bent Hamer. Não são obras-primas, nada disso, mas são bons pequenos filmes, que através de uma história modesta mas bem cosida, com personagens metidas num contexto quotidiano e de identificação emocional imediata, transmitem algo de particular da cultura e da sociedade a que pertencem, conseguindo ao mesmo tempo ser universais nos sentimentos.

O senhor O'Horten do título (um patusco Bard Owe) é um maquinista tímido e afável que chega ao dia da reforma e apercebe-se que tem à sua frente um resto de vida vazio. No entanto, o destino, na pessoa de um velho e pândego diplomata copofónico coleccionador de armas primitivas, dono de uma pachorrenta cadela e que consegue guiar carros de olhos fechados, vai mostrar-lhe que há vida para lá da reforma. E que pode ser vivida em pleno – mesmo que dentro das suas limitadas possibilidades.

Filmado com uma típica reserva nórdica que nem por isso deixa de encontrar motivos de comédia em todo o lado, dos bastidores do aeroporto de Oslo a uma loja de tabaco, passando por um restaurante de bairro (o favorito do próprio realizador), "A Nova Vida do Senhor O'Horten" é o melhor e mais caloroso filme extra-Hollywood desta recta final do ano [2009].
Sérgio Abranches, Time Out

09 fevereiro 2010

O palácio de sonhos de Ray Ruby segundo Abel Ferrara [Cinema. 11 FEV 10]

[Notícia-TAGV]



Histórias de Cabaret de Abel Ferrara
[EUA/ITA, 2007, 96’, M/16]
Quinta, 11 de Fevereiro de 2010, 21h30

Sinopse
Ray Ruby's Paradise, um sofisticado cabaret de Manhattan com “go go girls”, é um palácio de sonhos administrado pelo carismático empresário Ray Ruby, que conta com a assistência especializada de uma equipa formada por funcionários fiéis, parceiros e aproveitadores, além de exibir um grande elenco de mulheres. Mas nem tudo vai bem no paraíso de Ray. A falência parece inevitável e as bailarinas ameaçam fazer greve. Mas o sonhador que existe nele nunca desistirá, pelo que compra um bilhete de lotaria, com a convicção de que, numa noite mágica, lhe pode sair a sorte grande.

Preçário_Normal 5,00€; Estudante e Sénior_4,50€

Independança
Um belíssimo manifesto pela independência.
Abel Ferrara é um especialista do caos, esse mesmo caos (viram o episódio do "Cinema de Notre Temps" que a ARTE fez sobre ele?) que lhe inunda a vida pessoal, os processos criativos e uma data de filmes. Pois bem, há muito que ele não filmava assim o caos, a periclitância como estado permanente, o risco de a qualquer momento tudo dar para o torto.

"Histórias de Cabaret" é habitado por estas sensações de uma ponta à outra, dir-se-ia mesmo que é sobre elas; mas, e quase como uma inevitabilidade tratando-se de Ferrara, foi ele próprio extraído ao caos e à iminência do falhanço, no decurso de uma rodagem (na Cinecittà, em Roma) marcada por inúmeros problemas de produção e pela ameaça constante de tudo ficar pelo caminho.
Quer o filme se tenha alimentado dessas perturbações quer não, o efeito de espelho adensou-se. "Histórias de Cabaret" rima as angústias de Abel Ferrara como autor "independente", reflecte a dificuldade da condução a bom porto do seu "pequeno comércio", do seu "cabaret", quer dizer, do seu cinema.

É a história de um "night club" nova-iorquino (reconstituído num estúdio romano, como dissemos, incluindo alguns planos de exteriores) dirigido por um Willem Dafoe, actor em estado de graça, tão entalado como optimista (a energia positiva da personagem evoca a do Ed Wood de Tim Burton, outro filme sobre as agruras da independência). Não há dinheiro para pagar a ninguém, nem às "strippers" que ameaçam entrar em greve, nem à senhoria, uma velhota a quem Dafoe deve vários meses de renda e que não se cansa de anunciar que ou ele paga ou é despejado. Está tudo à beira do fim, mas Dafoe tem razões para estar optimista: apostou tudo num esquema (confuso e aparentemente fraudulento) para ganhar a lotaria, e teve sucesso. Mas ainda o caos: nem ele nem nenhum dos seus parceiros se lembram onde raio guardaram o bilhete premiado.

É portanto uma noite de "ou vai ou racha", num frenesi dado praticamente em "tempo real" (a duração do filme corresponde à duração da acção), o fulcro de "Histórias de Cabaret". Em suspensão (sobre o abismo, em fuga para a frente) e em "suspense" (ah mas onde está aquele maldito bilhete salvador?). O tempo preenche-se com as correrias à procura do bilhete e com as conversas de Dafoe para apaziguar os credores e convencer as meninas a subirem ao palco - e entretanto, "the show must go on", com "performers" vindos de outros filmes de Ferrara (Matthew Modine ou Asia Argento). Dafoe é uma espécie de figura paterna, mestre-de-cerimónias, psicólogo, intrujão por uma boa causa (a sua independência, o seu negócio, o bem-estar da "família" composta pelos funcionários do "cabaret").

Também é uma espécie de cineasta, como que um duplo do próprio Ferrara, a conduzir um filme de expediente em expediente, a arrancá-lo às garras do fracasso. Ferrara mencionou "A Morte de um Apostador Chinês", de Cassavetes, o filme onde Ben Gazzara se dispunha a tudo para preservar o seu negócio nocturno. "Histórias de Cabaret" tem outro tipo de intensidade, e um espírito de irrisão totalmente diverso da sisudez de Cassavetes. Mas é, como ele, um belíssimo manifesto pela independência, capaz de integrar, irónica e esfuziantemente, todas as suas ambiguidades e sombreados morais.
Luís Miguel Oliveira, Público

José James ao vivo - "Black Magic Tour" [22 FEV 2010]

[Notícia-TAGV]

JOSÉ JAMES - Black Magic Tour
22 de Fevereiro de 2010, 21h30



José James criou um estilo peculiar na música contemporânea ao combinar blues urbano, hip hop, soul, drum n bass para produzir um som fresco e inovador, mas totalmente enraizado nas tradições do jazz.

O seu trabalho é testemunha da sua paixão pela diversidade, como quando mistura os blues com o piano do lendário Junior Mance, ou quando faz uma abordagem jazz contemporânea do hip hop e groove dos anos 70. As suas composições originais vão desde uma canção linear até ao jazz mod contemporâneo, ao soul-jazz e drum n’ bass, sendo que ainda há espaço para baladas poéticas e hino românticos.

Depois da passagem pelo Festival Sudoeste e Super Bock Em Stock, José James vem a Portugal, durante o mês de Fevereiro apresentar o seu mais recente trabalho “Black Magic”.

Preços_15€ (Normal); 12€ (Estudante e Sénior)
Produção_Incubadora D’artes

Outras informações
www.myspace.com/josejamesquartet
www.incubadoradartes.com

08 fevereiro 2010

XII Semana Cultural da UC

[Notícia-TAGV]



XII Semana Cultural da UC - "Causa Pública – O Público e o Mediático"
[Iniciativas agendadas para o TAGV]


"Solos I e II" por António Pinho Vargas [Música]
Seg, 1 de Março, 21h30

"93, Memória de Um Território" de Philippe Lioret [Cinema. Doc TAGV/FEUC]
Ter, 2 de Março, 21h30

"Concerto à La Carte" – Companhia de Teatro de Braga [Teatro]
Qui, 4 de Março, 21h30

"Mary Stuart" – Coreografia e interpretação Denise Stoklos [Teatro]
Sex, 5 de Março, 21h30

"Femina" por Legendary Tigerman [Música]
Concerto do 24º aniversário da RUC
Sáb, 13 de Março, 21h30

"Estórias Republicadas" [Exposição]
Organização: : Imprensa da Universidade de Coimbra e Secção de Comunicação do Dep. de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da UC.
Apoio: Teatro Académico de Gil Vicente.
Entre 3 e 24 de Março. Seg a Dom:10h00-01h00

Programa Geral da XII Semana Cultural da UC » AQUI

05 fevereiro 2010

Albin De La Simone no TAGV [04 FEV 2010]

[Arquivo-TAGV]





Albin De La Simone ao vivo no TAGV. 04.02.2010.
Fotos de Celestino Gomes.

O puzzle existencial de Jim Jarmusch [Cinema_8 FEV 10]

[Notícia-TAGV]



Os Limites do Controlo de Jim Jarmusch
[EUA/Espanha/Japão, 2009, 116’, M/12]
Segunda, 8 de Fevereiro de 2010, 21h30

Sinopse
Depois de uma pausa de quatro anos, Jim Jarmusch regressa com a história de um homem marginal em viagem por Espanha, de quem sabemos apenas estar prestes a finalizar um trabalho e não confiar em ninguém. O seu alvo não é divulgado e o seu destino é incerto, num percurso que percorre, essencialmente, a sua consciência. Filme peculiar sobre os limites do controlo, mesmo para um profissional do crime, com as personagens, sem nome, a serem encarnadas por Isaach De Bankolé, Tilda Swinton, Bill Murray, John Hurt ou Gael García Bernal.

Preçário: Normal_ 5,00€; Estudante e sénior_ 4,00€

Com “Os Limites do Controlo”, o cinema de Jim Jarmusch continua a cumprir uma espécie de "on the road" intercontinental onde, ironicamente, se cruzam concreto e abstracto — este texto foi publicado no Diário de Notícias (30 de Julho), com o título 'O puzzle existencial de Jim Jarmusch'.
Jim Jarmusch, revelado no começo da década de 80 com “Permanent Vacation” e “Stranger Than Paradise”, é um daqueles autores americanos que, pelo estilo e pelo espírito, se mantém fiel às premissas de um cinema independente em que o gosto da experimentação comanda, mesmo quando nele surgem nomes sonantes de actores.
Assim volta a acontecer em “Os Limites do Controlo”, filme austero e encantatório. Na sua origem estão as viagens protagonizadas por Isaach De Bankolé (actor fetiche de Jarmusch), transportando uma “mercadoria” mais ou menos secreta. Na verdade, o que conta são os seus encontros: cruzando-se com personagens interpretadas, entre outros, por John Hurt, Tilda Swinton e Gael García Bernal, ele vive momentos insólitos em que é levado (e nós com ele) a testar as suas certezas existenciais e, no limite (do controlo, hélas!) a repensar as fronteiras entre realidade vivida e realidade imaginada. O resultado funciona como um “puzzle” com lógica de peça musical: tema e variações. Tem tanto de grave como de divertido, transparente e misterioso.
João Lopes, Sound+Vision [03.08.2009]

04 fevereiro 2010

Espectáculo de Abertura das Comemorações do Centenário da República [31.01.2010]





Espectáculo de Abertura das Comemorações do Centenário da República. Evocação do 31 de Janeiro de 2010, com a Orquestra de Sopros de Coimbra. 31.01.2010. Fotos de Celestino Gomes.

03 fevereiro 2010

Concerto "Dar Voz Pelo Povo do Haiti!" [28.01.2010]

[Notícia-TAGV]








Concerto "Dar Voz Pelo Povo do Haiti!". TAGV. 28.01.2010
Organização: Saúde em Português.
Fotos de Celestino Gomes

02 fevereiro 2010

Sean Riley & The Slowriders ao vivo no TAGV [21.01.2010]

[Arquivo-TAGV]





Sean Riley & The Slowriders ao vivo no TAGV. 21.01.2010
Fotos de Celestino Gomes

Albin de la Simone ao vivo [04 FEV 2010]

ALBIN DE LA SIMONE
Evento “Indie songs don't lie”
Quinta, 4 de Fevereiro de 2010, 21h30m



Ao longo da última década, Albin de la Simone tornou-se seguramente numa das maiores referências da chamada chanson française. Músico de formação clássica, percorreu na adolescência os territórios do jazz, procurando um progressivo aperfeiçoamento da sua técnica ao piano. Este trajecto levou-o aos estúdios de gravação de históricos como Alain Souchon, Arthur H ou Alain Chamfort, inicialmente como músico de sessão, e mais tarde acumulando as funções de produtor.

No entanto, não se compadecendo com o anonimato, Albin inicia-se na composição, e em 2003 grava o seu primeira longa-duração, trabalho homónimo recebido com entusiasmo pela imprensa, que nele encontra traços de uma escrita cuidada na forma minimal das suas composições, destacando-se a faixa “Elle aime”, gravada na companhia de Leslie Feist, como que uma matriz do seu imaginário.

Segue-se um segundo álbum, em 2005, intitulado “Je vais changer”. Ironia de um músico que se serviu desse segundo passo para consolidar as suas ideias e para se afirmar entre os seus pares. É com este mesmo álbum que chega o reconhecimento do público francófono, multiplicando-se os concertos a solo, ou na companhia de alguns dos seus contemporâneos, como Vincent Delerm, Jeanne Cherhal, Benjamin Biolay ou Camille.

Depois sim, veio a ruptura com o passado. Primeiro através de pontuais incursões pelo teatro. Mais tarde a partir de um progressivo interesse pela chamada world music, que o levaram até África e Ásia.

Em 2008, edita “Bungalow!”. Nele encontramos difusas influências que se cruzam,resultado de múltiplas experiências musicais: as sonoridades de Salif Keita (músico com o qual veio a colaborar), o seu passado jazzístico ou o recurso a elementos electrónicos, partindo da sobreposição de vocalizações. Albin de la Simone reinventa-se e confere uma maior amplitude às suas composições, conservando o registo mordaz e lúdico da sua escrita, atraída por jogos de acasos ou pelos mais insignificantes gestos.

Uma oportunidade rara para conhecer um autor que já assegurou lugar de destaque na música francesa.

Organização_Lugar Comum - Associação de Promoção e Divulgação Cultural
Preço único_7.00 €