30 maio 2010

8 ½ - Festa do Cinema Italiano no TAGV [SESSÕES 31 MAIO]

[Notícia-TAGV]

8 ½ - FESTA DO CINEMA ITALIANO

Segunda, 31 DE MAIO



18H00: “Pinuccio Lovero – Sogno di una morte di mezza estate” de Pippo Mezzapesa
Itália, 2008, 65’, Beta SP, Legendado em português
Preçário: normal_3,5€; estudante_2,5€



21h30: “Cosmonauta” de Susanna Nicchiarelli
Itália, 2009, 85’, 35mm, Legendado em português
Conta com a presença da realizadora Susanna Nicchiarelli.
Preçário: normal_3,5€; estudante_2,5€

28 maio 2010

8 ½ - Festa do Cinema Italiano no TAGV [31 MAI - 2 JUN]

[Notícia-TAGV]

8 ½ - FESTA DO CINEMA ITALIANO EM COIMBRA
31 de Maio, 1 e 2 de Junho

PROGRAMAÇÃO

31 DE MAIO
18H00:
“Pinuccio Lovero – Sogno di una morte di mezza estate” de Pippo Mezzapesa
Itália, 2008, 65’, Beta SP, Legendado em português

21h30:
“Cosmonauta” de Susanna Nicchiarelli
Itália, 2009, 85’, 35mm, Legendado em português
Conta com a presença da realizadora Susanna Nicchiarelli.


1 DE JUNHO
15H00:
“La gabbianella e il gatto” de Enzo d’Alò
Itália, 1998, 85’, DVD, Legendado em português
Integrado nas comemorações do Dia Mundial da Criança

18H00:
Selecção Curtas Italianas – Vários
Itália, 2008/2010, 110’, Beta Sp, Legendado em português

21h30:
“Dieci inverni” de Valerio Mieli
Itália, 2009, 99’, 35mm, Legendado em português
Conta com a presença do realizador Valerio Mieli.


2 DE JUNHO
18H00:
“Terra Madre” de Ermanno Olmi
Itália, 2009, 78’, Beta Sp, Legendado em português

21h30:
“Si può fare” de Giulio Manfredonia
Itália, 2008, 111’, 35mm, Legendado em português

Precário: normal_3,5€; estudante_2,5€; passe para todas as sessões_12€

Organização Associação Il Sorpasso, em co-produção com La Cappella Underground (Itália), com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa eo Alto Patrocínio da Embaixada da Itália, da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, das Câmaras Municipais de Lisboa e Coimbra, da Área de Estudos Italianos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

27 maio 2010

Comemoração do Dia Mundial da Criança no TAGV

[Notícia-TAGV]

Cartaz TAGV. Concepção gráfica de Gonçalo Luciano.


Música/Teatro
Dia 1 de Junho, 10h30
Cantar Raízes, Colher Frutos
Pelo Grupo de Cantares Rouxinóis do Mondego do Agrupamento de Escolas de S. Silvestre
Direcção Eurídice Rocha

Um espectáculo cheio de luz, imagem, som e movimento, que apresenta a Canção Tradicional Portuguesa do pastor ao amanhecer, das ceifeiras pela manhã, das crianças com as suas canções de roda antes do almoço, os romances pela tarde, as canções de mal dizer antes da janta, as canções de romaria pelo princípio da noite e as de embalar já com a lua bem alta.
O espectáculo retrata um dia de vida – 24 horas – de uma pequena comunidade e fazendo a ligação entre as canções temos pequenos filmes sobre crianças e os seus direitos, momentos teatrais, sombras chinesas, fotografias, ou simples momentos de expressão dramática e movimento. Os textos são da autoria das crianças do Agrupamento de Escolas de S. Silvestre.

Duração 75 minutos
Faixa Etária Jardins-de-infância, 1º, 2º e 3º ciclos
Entrada Gratuita [Mediante marcação prévia]


Cinema
Dia 1 de Junho, 15h00
A Gaivota e o Gato
Realização Enzo d’Alò
Argumento a partir da história “História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar”, de Luís Sepúlveda
Filme Legendado em Português

Integrado em "8 1/2 - Festa do Cinema Italiano"

Kengah, uma gaivota “com penas cor de prata”, é surpreendida por uma maré negra no Mar do Norte. Depois de resistir, longas horas, à superfície, a tentar limpar a viscosidade agarrada às penas, verificou que ainda podia estender as asas. Assim, voa até ao porto de Hamburgo. Antes de morrer, a gaivota põe um ovo e pede ao gato Zorba que lhe faça três promessas: não comer o ovo, cuidar dele até que nasça a pequena gaivota, e ensiná-la a voar. Perante o estado terminal da gaivota, Zorba promete cumprir os últimos desejos da ave, sem se aperceber do grau de responsabilidade. Zorba pede conselho aos seus amigos: Colonnello, Secretário, Diderot. Graças à sua preciosa ajuda, a pequena criatura nasce sem problemas. A gaivota órfã é baptizada com o nome de Fortunata (Fifi) pela comunidade dos gatos, que ficam envolvidos no difícil papel de criar esta “filha” inesperada. A pequena Fifi tem então de aprender a conhecer-se a si própria, e tem também de perceber, antes de aprender a voar, que não é um gato. E, ao lado dos amigos felinos, vai enfrentando o perigo dos ratos que estão continuamente à espera de uma oportunidade para sair dos esgotos, adquirir poder, e proclamar finalmente a chegada do Grande Rato. Depois de muitas dificuldades e imprevistos, os gatos conseguem enfrentar os ratos. Então, com a ajuda dos humanos, da menina Nina e de todos os amigos felinos, a pequena gaivota pode aprender a voar e junta-se finalmente, no céu, aos seus amigos pássaros. Deixa o gato Zorba de lágrimas nos olhos, mas ele sabe muito bem que a gaivota tem que seguir a sua natureza.

Duração 75 minutos
Faixa Etária Crianças dos 1º e 2º Ciclos
Entrada Gratuita [Mediante marcação prévia]

26 maio 2010

Digital Primitives no 'Jazz Ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra' [29 MAI 10]

[Notícia-TAGV]

VIIIª Edição 'Jazz Ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra'
Sábádo, 29 de Maio de 2010, 22h00


Digital Primitives (EUA/Israel)
Cooper-Moore voz, banjo, diddley bow, mouth bow, flauta e percussão
Assif Tsahar sax tenor, clarinete baixo
Chad Taylor bateria, percussão, m’bira

Organização CMC e Jazz Ao Centro Clube
Preçário Normal_ 7,00€ Estudante e Clientes da CGD_ 5,00€




Numa época em que cada vez são menos possíveis as manifestações de singularidade artística, o trio Digital Primitives faz toda a diferença. Se a filiação musical do projecto no jazz é clara, a forma como este é praticado não pode ser comparada com nada mais do que presentemente se faz. A música de Cooper-Moore (instrumentos por si mesmo inventados como o "diddley-bo", o "mouth bow", o "twinger" ou o "bango", um sucedâneo do banjo com três cordas, a que eventualmente se associam outros, convencionais, como a flauta ou o piano), Assif Tsahar (saxofone tenor, clarinete baixo, didgeridoo) e Chad Taylor (bateria, percussão) agrada pelo jogo que propõe entre o reconhecimento das formas (os blues, o funk, as alusões pan-africanistas ou de um folclore imaginário) e a estranheza dos processos e das soluções encontradas, algo que poderia resultar do encontro da Sun Ra Arkestra ou do Art Ensemble of Chicago com Harry Partch ou com Moondog. O grupo tem raiz em aspirações que remontam ao início do século XX, altura em que as vanguardas começaram a interessar-se pela arte criada pelas crianças, pelos loucos dos hospícios e pelas tribos dos lugares mais longínquos e isolados do planeta. Se a linguagem é jazzística, o alinhamento estético aproxima os Digital Primitives daquilo a que se vai chamando de "arte bruta" ou mesmo do dadaísmo. E é assim que, se detectamos algum esoterismo, ou algum iniciático mistério, num disco como "Hum, Crackle & Pop", as improvisações tematizadas que este nos oferece são um convite à dança e à celebração colectiva da vida. É como se o jazz tivesse redescoberto a sua etnicidade primeira, e a música o papel ritualístico que teve nas origens.



O percurso de Cooper-Moore é o de um desalinhado face às tendências dominantes. Multi-instrumentista com preferência pelos teclados, iniciou-se como flautista. Tocou Fender Rhodes e Hammond B-3 em bandas de rhythm 'n' blues, mas depressa optou pelo Grand Piano nas suas colaborações com David S. Ware. Descobriu a electrónica e mais tarde decidiu-se pelo desenho, pela construção e pelo uso de instrumentos exóticos. Israelita de nascimento, Assif Tsahar é igualmente um soprador incaracterístico. Herdeiro das premissas da "new thing", faz delas uma abordagem que o distingue, preferindo a melodia ao "grito" e o grão sonoro ao expressionismo, o que o levou a ter colaboradores como Mat Maneri, Lê Quan Ninh ou Agustí Fernandez. E para não fugir à regra, Chad Taylor é um baterista na fronteira do jazz com o rock e com o experimentalismo, de forte personalidade, mas invulgarmente flexível, o que faz com os "post-everything" Tortoise e Chicago Underground não chocando com as suas associações mais tradicionalistas a Fred Anderson ou a Ernest Dawkins. Três ovelhas negras para uma música diferente.

22 maio 2010

Insatisfações e conflitos na China contemporânea [Cinema, 25 MAI 10]

[Notícia-TAGV]

Cinema - DOC_TAGV/FEUC
O MUNDO de Jin Zhang-Ke
[China/França, Japão, 2004, 140', M/12]
25 de Maio de 2010, 21h15

Filme comentado.
Organização: TAGV e FEUC; Entrada Gratuita




A jovem Tao trabalha e vive grande parte dos seus dias no parque temático "O Nosso Mundo", situado a cerca de quinze quilómetros de Pequim, partilhando a sua vida com o namorado Taisheng, segurança do parque, e o grupo de jovens que anima o parque e conduz os visitantes. O parque temático recria mais de uma centena de monumentos de 14 países de todo o mundo, como a Torre Eiffel, o Big Ben, a esfinge ou o Taj Mahal. A vida aparentemente calma e pacata destes jovens vai deixando escapar pouco a pouco laivos das suas insatisfações e conflitos, desde logo a utilização obsessiva do telemóvel como meio de se controlarem entre si.
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«O museu do kitsch

"O Mundo" foi o primeiro filme de Jia Zhang-ke depois de lhe terem sido devolvidas, pelas autoridades chinesas, "as credenciais de realizador". A sua obra anterior, por exemplo "Plataforma" (de 2000), fora criada na "clandestinidade", e "O Mundo" é o seu primeiro filme oficialmente autorizado depois de três longas-metragens "underground" (as outras são "Pickpocket", de 1997, e "Unknown Pleasures", de 2002).

"Plataforma" era um filme bastante explícito no retrato (histórico) do desencanto de uma geração que atravessou os anos 70 e 80, e que viveu quer a "revolução cultural" quer a sua ressaca. Era também um olhar particularmente amargurado sobre o sentimento de "no future" (quase "punk", e bastante "rock") instalado na juventude chinesa (ou em sectores dela, pelo menos), sobretudo na que vive na província, longe das grandes cidades. Num certo sentido pode-se dizer que Jia Zhang-ke oferece agora, a essas personagens, "o mundo". Mas é um mundo que convém ser mantido entre aspas - porque afinal de contas não passa de um "ersatz", de uma mistura entre uma Disneylândia "cultural" e uma carreira de mini-golfe. "O Mundo" designado no título do filme refere-se a um parque temático nos arredores de Pequim cujas atracções são inúmeras reproduções em ponto pequeno de "maravilhas arquitectónicas" dos quatro cantos do mundo - a torre Eiffel, o Taj Mahal, a Ponte de Londres, por aí fora. E as pessoas que o povoam, os empregados, os seguranças, as bailarinas das noites de espectáculo, gente a quem é oferecida esta espécie de cosmopolitismo sem horizonte, são os protagonistas do filme.

Que não tem verdadeiramente uma história, ou uma única história. Antes bocados, apontamentos, encontros e desencontros, interacções - sempre com "o mundo" em fundo. Diríamos, é bem possível que com algum exagero, que estamos próximos de um "filme-instalação", tal é dominado pelo décor e pela ideia de o filmar como enquadramento para as movimentações (físicas e sentimentais) de uns quantos seres humanos. Ou seja, isto é alguma coisa de simultaneamente muito real e muito irreal, como se fosse uma viagem por um "museu do kitsch" em ponto gigante. O verdadeiro mundo está "ailleurs" (há arranha-céus ao fundo, típica paisagem suburbana, mas não podemos ter a certeza de que esse verdadeiro mundo esteja já aí), mas ao mesmo tempo todo o mundo está ali, naquele parque. Uma coisa bastante interessante no filme é a maneira como, aliás, o cenário se "naturaliza" e se procede a uma integração "pacífica" das personagens nele - não há uma "revolta", há um reconhecimento e uma pertença ("olha as Torres Gémeas! Os americanos perderam-nas mas nós ainda temos as nossas", diz uma personagem, sem ponta de cinismo). Jia Zhang-ke não filma "por cima" das personagens, está mesmo mais próximo delas do que o distanciado Jacques Tati estava dos humanos que percorriam "Playtime".

E isto dá o quê? perguntarão. Dá um filme sobre o desenraizamento (há mesmo emigrantes russos, sublinhando o cosmopolitismo "globalizado" subjacente ao parque), sobre o mundo como ilusão e sobre a ilusão da mobilidade - num contexto inevitavelmente chinês, que evoca as migrações internas e o florescimento de "capitalismo" peculiar, é certo, mas rapidamente atacado de novo-riquismo. E dá um filme desolado, profundamente melancólico, algo de muito triste mas sem retórica nenhuma. Bastam os planos-sequência (é necessário precisar que Jia Zhang-ke pertence, no cinema asiático, à ala do "plano longo", não à da mesa de montagem como metralhadora) com que o realizador varre o cenário para meter lá dentro as personagens para que "O Mundo" quase dispense as palavras. Se fosse preciso encontrar um slogan, avançávamos com este: Michelangelo Antonioni nos arredores de Pequim. É isto, a "noia" moderna.»
Luis Miguel Oliveira, Público

18 maio 2010

Deolinda interpretam ao vivo “Dois Selos e um Carimbo” [21 MAI 10]

[Notícia-TAGV]



Deolinda ao vivo

Digressão de apresentação de “Dois Selos e um Carimbo”
21 de Maio de 2010, 21h30

Preçário: Plateia_20€; Balcão_15€


"Dois Selos e Um Carimbo"

Dá-me a tua mão, sai de casa e vem para a rua: a música popular lisboeta rememorou os seus feitos, redescobriu alegria e candura num meio onde isso já parecia improvável, e até encontrou maneira de o expressar. E olha: tornou-se outra vez contagiante, fez-se outra vez entusiasmo, tornou-se outra vez popular.

Como sucedeu isso? Foi aos poucos, de forma quase sub-reptícia (num jogo de agentes livres), mas com vivacidade, instrumentos antigos e paixão pela arte – para construir peças de teatro musical, às quais não falta enredo, nem graça, nem sequer uma personagem central: a Deolinda, que é fictícia, até certo ponto, embora por vezes ganhe corpo e assuma a forma da cantora Ana Bacalhau.

Hoje em dia já seria fútil evocar a adesão e o entusiasmo que o quarteto constituído pela cantatriz Ana, pelas guitarras dos irmãos Martins e pelo contrabaixista Zé Pedro Leitão suscitaram nas suas audiências, antes e depois da publicação do primeiro álbum de originais, «Canção ao lado». Passaram-se dois anos entretanto.

Por isso, também já seria fútil recordar como o grupo e as suas canções ultrapassaram bem a prova de esforço – das salas pequenas, para as salas maiores, daí para os concertos estivais, com multidões ao ar livre, e a seguir para os teatros, rádios e televisões de outros países do continente, a confirmar as cores e o tom distintamente locais. O que aqui se ouve é Lisboa. Uma certa Lisboa. Cantada.

Ora cantar Lisboa – isto é, dizer, exaltar, louvar, poetar, gorjear um certo estado de espírito e uma certa maneira de estar e de conviver numa certa cidade – não é tarefa fácil. Por um lado trata-se de uma cidade onde cabe um país inteiro, cheio de particularidades. Por outro cantar é ofício antigo, já muito usado e abusado; coisa de artesão, e com tecnologia de outras eras.

Mas as canções de Pedro da Silva Martins transmitem uma série de saborosos ingredientes que não dependem da tecnologia instrumental. Por exemplo: o empenhamento de um olhar atento, selectivo e consciente do espaço em que age. E certas outras qualidades desse olhar. Vivacidade, agilidade, afectividade; discernimento e sensatez num meio em que estes não abundam (e por isso disfarçados de sátira). Para além de uma peculiar alegria no entendimento – quando o olhar afinal se compõe e se pode exprimir por palavras, articular-se, numa linguagem fluida e escorreita, mas requintada e correctíssima.

E se parece tão fácil quando se canta, provavelmente há duas razões para isso. A primeira e evidentíssima, é o nível de exemplaridade a que Ana Bacalhau está a saber levar a sua arte, feita respiração, timbre e prosódia em deolíndico corpo. A segunda, igualmente evidente a quem tiver ouvido atento, são as tessituras instrumentais que convocam e integram diversas formas musicais castiças, das antigas às recentes, com engenho mas sem artifícios.

E com esses dois selos sucede a tal coisa: as canções tornam-se contagiantes, tornam-se entusiasmo, tornam-se populares. De súbito, toda a gente percebe quem é a Deolinda. A Deolinda és tu, é ela, sou eu. E o maior mastro do mundo é português!
Falta o carimbo. Vai para a felicidade da ilustração e do tratamento gráfico, a fazer lembrar as folhas volantes, com as letras das canções em voga, que os cegos outrora vendiam nas ruas da Baixa e nas estações de comboio.
Música para cegos? Bom ponto de vista para uma sátira.
Desde que não caia em orelhas moucas…
Jorge Pereirinha Pires, Abril 2010

15 maio 2010

Companhia Paulo Ribeiro apresenta "Maiorca" [17 MAI 10]

[Notícia-TAGV]



Companhia Paulo Ribeiro apresenta “Maiorca”
17 de Maio de 2010, 21h30

Preçário: normal_ 8,00€; estudante e sénior _ 6,00€
Duração Prevista: 80 minutos
Recomendado para M/ 12 anos


Em 2009 cumprem-se 25 anos desde que sem grandes ambições fiz a minha primeira coreografia. Primeiro foi um solo, para amigos, pessoal, muito pessoal cuja única preocupação estava na particularidade do movimento, o meu movimento que não tinha nada que ver com os que se esboçavam e desenvolviam naquela época. Depois logo a seguir e de forma colectiva vieram outras peças que se destacaram no panorama da dança. A partir daí nunca mais parei, quando o quis fazer, foram surgindo convites cada vez de maior responsabilidade e desafio. De repente sem dar por isso tinha-me tornado em seis anos num coreografo reconhecido nacional e sobretudo internacionalmente.

Como muitos dos meus colegas fui refém da voracidade dos programadores em encontrar os emergentes. A necessidade de carne fresca. A impaciência por encontrar a novidade de qualquer forma. O novo, que se projecta e deixa cair conforme a oportunidade e a direcção do vento. Habituei-me a relativizar, nunca me deixei iludir pelos momentos de grande visibilidade e mediatismo. Fui traçando o meu rumo com a consciência de que o meu trabalho está para além dos mercados. Fui e continuo a ser um solitário, não ando à bolina, não tenho material circunscrito, nem elemento identificável. O meu trabalho é selvagem e imprevisível. Surpreende-me a mim e aos que têm sido parceiros regulares nesta longa aventura. Apesar de tudo há algo que se tem mantido ao longo destes vinte e cinco anos, que tem a ver com o facto de que gosto de trabalhar próximo da vida e gosto de trabalhar em felicidade e gosto de reflectir o mundo e ter uma dimensão politica e humana, muito humana.

O corpo e as suas infinitas possibilidades fascinam-me, não é o movimento que conta, é a sua génese, não é o coração, é a alma.
Há muitos anos o Jorge Salavisa desafiou-me para coreografar os Prelúdios de Chopin interpretados pelo Pedro Burmester, na altura não me senti capaz de encarar tamanho desafio. Hoje faz todo o sentido. Ao longo destes anos reuni muitas formas de compor, muitas acuidades que me têm permitido criar vitalidade de emoção e sentido. O desafio é este de constantemente ir mais longe, ser mais eficaz na forma de tornar a dança uma arte que nos convoca a todos independentemente da capacidade verbal de o poder traduzir. Quero voltar à essência que é criar dança à dimensão da música, deixamo-nos transportar sem reivindicar a racionalidade, tantas vezes redutora, da razão.
PAULO RIBEIRO

Direcção e coreografia PAULO RIBEIRO
Intérpretes ERIKA GUASTAMACCHIA, MARTA CERQUEIRA, SÃO CASTRO, GONÇALO LOBATO, PEDRO MENDES e ROMULUS NEAGU
Música F. CHOPIN (24 Prelúdios)
Intrepretada por PEDRO BURMESTER
Desenho de Luz NUNO MEIRA
Cenografia (conceito) PAULO RIBEIRO
Execução PAULO MATOS e NELSON ALMEIDA
Produção COMPANHIA PAULO RIBEIRO
Co-produção CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL – Festival de Sintra’09, SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL, TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO – Festival Dancem’09 e TEATRO VIRIATO
Imagem, Design Gráfico CATHRIN LOERKE
Fotografia PEDRO ELIAS / JOSÉ ALFREDO
Registo e edição de vídeo JOÃO PINTO
Design, Produção Gráfica DPX / NUNO RODRIGUES

Programação no âmbito da rede Imaginar o (s) Centro (s)
Co-financiamento: Mais Centro, QREN e União Europeia
Apoio à divulgação: Antena 2

11 maio 2010

Pedro Lopes/Pedro Sousa e AJM Collective no Ciclo de Música improvisada Double Bill [14 MAI 10]

[Notícia-TAGV]



Double Bill - Ciclo de Música Improvisada
5ª Edição - 14 de Maio de 2010, 21h30

1ª Parte
Pedro Sousa | Saxofone, Guitarra Eléctrica e Electrónica
Pedro Lopes | Gira-Discos e Electrónica

Electroacústico no formato, o duo de Pedro Lopes e Pedro Sousa tem a improvisação como “modus operandi”. Os instrumentos em palco são um gira-discos ligado a processadores digitais e a um amplificador de guitarra, sobre o qual são manipulados vinis de fabrico caseiro e um “set up” constituído por samplers que têm por função tratar os sinais sonoros de uma guitarra eléctrica e de um saxofone. À linguagem electrónica juntam-se sintagmas do jazz, numa música exploratória, narrativa e imagética que pode ir do “near silence” até ao noise mais brutalista.

2ª Parte
AJM Collective + Pedro Sousa/Pedro Lopes

Kátia Sá | Imagem Improvisada
José Miguel Pereira | Contrabaixo
Marcelo dos Reis | Guitarra
João Apolinário | Bateria e Percussões

Preços: normal_5,00€; estudante_4,00€;

05 maio 2010

Tiguana Bibles ao vivo no café-teatro do TAGV [10 MAI 09]

[Notícia-TAGV]

Tiguana Bibles ao vivo no café-teatro do TAGV
10 de Maio de 2010, segunda-feira, 22h



O que acontece quando as peças desgovernadas de várias – e oleadas – locomotivas rock como Bunnyranch, Tédio Boys e Parkinsons chocam de frente com uma voz de veludo como a de Tracy Vandal? Nasce um grupo chamado Tiguana Bibles. Ela é a «voz açucarada» a que Victor Torpedo (guitarra), Kaló (bateria) e Pedro Serra (contrabaixo) se referem quando recordam o «parto» desta reunião de velhos amigos. Desde os primeiros ensaios ao final das gravações, os quatro músicos, que no mapa-mundo se assinalam entre Coimbra e Londres, encontraram «o som mais fixe» que já haviam criado juntos.
O nome da banda é uma adaptação «réptil» das «tijuana bibles», pequenos livros ilustrados e clandestinos, muito populares nos Estados Unidos durante a Grande Depressão. Ao invés da sátira politicamente incorrecta, porém, os Tiguana Bibles preferem pintar quadros de harmonia e integração num som polido.

Tracy Vandal – voz; Victor Torpedo – guitarra; Kaló – bateria; Pedro Serra – contrabaixo; Augusto Cardoso - guitarrista convidado.

Preço único_5€

Mais info www.myspace.com/tiguanabibles